Joy Division - «uma banda dos subúrbios para o centro da cidade»
Uma banda que representa um fim de linha numa sociedade Inglesa a mudar de paradigma, a desindustrialização que já se fazia sentir, os novos subúrbios que se construiam em betão, a rutura com um passado, o desprezo da antiga geração, pela nova geração, o desemprego, o desencanto dos jovens com a sociedade, o choque geracional, as novas tendências punk, está tudo nos Joy Division , muito embora o aspeto dos músicos da banda, seja justamente o contrário do que digo, vestem-se de forma formal, classica, mas as musicas são justamente o contrario, mas mais curioso é que os seguidores dotaram o grupo de uma imagem iconográfica que o grupo «em vida» não cultivou no imediato, ficou para posterioridade.
Uma excelente atuação na TV em 20 de Setembro de 1978.
Unkown Pleasures é uma T-shirt mítica, digamos que é a imagem de marca dos Joy Division, ainda hoje é uma referência, identificativa deste não menos mitico grupo de Manchester.
Ter uma é um símbolo, uma identidade, que ainda hoje tem uma legião de fieis, sempre com um espírito de descoberta, originalidade, irreverência, porque é uma simbologia de calmaria.
Eu tenho uma e no verão será um sucesso enorme.
Uma musica que é um marco na carreira dos Joy Division, pois foi com esta musica que apareceram na televisão como banda conhecida ,a atuação foi brilhante, forma iguais a si mesmo , Ian Curtis teve à altura e paradoxalmente, foi Ian que se impôs ao responsável do programa que mais tarde haveria de ser o seu manager, mas dizia que o paradoxal disto tudo é que o os holofotes são pedidos por Ian, e depois não mais os vai suportar levando -o ao suicídio.
A primeira actuação será com o tempo Shadowplay.
A letra reflete bem o que se pretende com uma musica, chegar e convencer, dominar o publico alvo, sem deixar margem para duvidas, é conquistar pela rapidez, falando para as pessoas. uma grande musica diga-se que era muito á frente para o seu tempo. Passavam uma mensagem de ruptura com status quo vigente.
Uma letra que é já uma profecia , do que iria ser no futuro a divulgação transmissões e da musica.
Transmission
Radio, live transmission. Radio, live transmission.
Listen to the silence, let it ring on. Eyes, dark grey lenses frightened of the sun. We would have a fine time living in the night, Left to blind destruction, Waiting for our sight.
And we would go on as though nothing was wrong. And hide from these days we remained all alone. Staying in the same place, just staying out the time. Touching from a distance, Further all the time.
Dance, dance, dance, dance, dance, to the radio. Dance, dance, dance, dance, dance, to the radio. Dance, dance, dance, dance, dance, to the radio. Dance, dance, dance, dance, dance, to the radio.
Well I could call out when the going gets tough. The things that we've learnt are no longer enough. No language, just sound, that's all we need know, to synchronise love to the beat of the show.
And we could dance.
Dance, dance, dance, dance, dance, to the radio. Dance, dance, dance, dance, dance, to the radio. Dance, dance, dance, dance, dance, to the radio. Dance, dance, dance, dance, dance, to the radio. Transmissão
Rádio, transmissão ao vivo. Rádio, transmissão ao vivo.
Ouça o silêncio, deixe ele tocar Olhos, lentes cinza escuro amedrontadas pelo sol, Teríamos um ótimo tempo vivendo à noite, Deixados à destruição cega, Esperando por nosso olhar.
E nós seguiríamos em frente como se nada estivesse errado. E nos escondermos desses dias em que ficamos completamente sós. Ficando no mesmo lugar, simplesmente ficando fora do tempo. Tateando à distância, Mais adiante o tempo todo.
Dance, dance, dance, dance, dance, para o rádio. Dance, dance, dance, dance, dance, para o rádio. Dance, dance, dance, dance, dance, para o rádio. Dance, dance, dance, dance, dance, para o rádio.
Bem, eu poderia chamar quando as coisas ficam difíceis. As coisas que aprendemos não são mais suficientes. Nenhuma linguagem, apenas o som, isso é tudo que precisamos saber, para sincronizar o amor ao ritmo do show.
E nós poderíamos dançar
Dance, dance, dance, dance, dance, para o rádio. Dance, dance, dance, dance, dance, para o rádio. Dance, dance, dance, dance, dance, para o rádio. Dance, dance, dance, dance, dance, para o rádio.
Falar dos Bauhaus é falar de Peter Murphy , que sofreu uma enorme influência dos Kraftwerk, Joy Division num registo pos-punk a cair já para o New-Have, ouvir as suas produções é perceber que o pop negro, os temas anti-cultura que já eram protagonizados por Ian Curtis e seus pares lá estão, bem estampados, tudo está ligado, em rede, faz parte de uma matriz bem definida, de musica alternativa, mas ao mesmo tempo próxima das massas descontentes.
É claro que uma corrente alternativa, sombria, não tem resultados imediatos nem imediatistas, vive da genialidade, mas a Factory fez grandes nomes.
Baushaus «She's parties»
É bastante reconfortante saber que os Joy Division deixaram legados, marcas, sinais, significados em grupos como : Bauhaus, Depeche Mode, Siouxsie and Banshees, The Cure, The Smiths, The Killers, Franz Ferdinand, entre muitos outros.
Em dia de aniversario, 44 anos , fica o meu tributo a um génio, que muito recorro, para olhar o mundo, pode ser uma musica triste, decadente, póstuma, mas reflete bem muito do que julgo ser um estado de alma.
Don't walk away in silence, o drama que é a solidão, o não escutar o outro, o egoísmo, de fato precisamos uns dos outros. A catarse está quando damos o salto e percebemos o quão importante são quem nos rodeia, mas acima de tudo o marginalizado, o triste, o só.
Esta musica reflete bem a riqueza e consciência em que viviam Ian Curtis e seus pares, um ambiente de anti-cultura, rutura com o que se fazia no mainstream da musica, os Beatles tinha dizimado tudo o que era criatividade, economicamente a Inglaterra vivia uma desindustrialização, os subúrbios lotados e sem ocupação, pessoas a viver em guettos de betão, a descaracterização de uma sociedade, uma juventude com poucos motivos para alegrias, que via no punk dos Sex Pistols, Buzzcoks, Clash, uma saida, o anarquismo tomava forma e contestação publica, esta musica Disorder, dizbem da intenção dos Joy Division cortar com tudo, seguir o seu próprio caminho.
Sentia-se em 1979 que a sociedade Britanica estava à beira do colapso, o governo de Margarreth Tatcher, iria ter de aplicar a austeridade, que levaria a Grã -Bretanha para uma outra realidade. Pode -se dizer que é um hino político de revolta, quiçá até profético.
« He was a filling»
In essence, the measure should not be seen as aid per se, but as a measure to
reduce socialdisorderand prevent more seriousdisorder'.
As the article describes, Graves' ophthalmopathy is a pathological autoimmunedisorderthat
affects the orbits and is closely associated with hyperthyroidism from
Graves' disease that may, however, also occur in the absence of
hyperthyroidism(2,3) .
Como já destacou o artigo, a "oftalmopatia de Graves" é uma condição
patológica autoimune que acomete as órbitas, intimamente associada ao
hipertireoidismo da "doença de Graves", mas que pode surgir na ausência
do hipertireoidismo(2,3) .
However, years of research finds psychopathology and personalitydisorderno more likely among terrorists than among non-terrorists from the same communities.
No entanto, anos de pesquisa revelam que compo_nentes psicopatológicos e transtornos de personalidade não são mais comuns entre os terroristas de uma comunidade do que entre os que não são terroristas.
Esta musica é a referência para chegar aos Joy Divsion, é talvez a musica mais conhecida deste grupo de Manchester.
Não quer dizer que seja a melhor a meu ver, mas foi aquela que foi a catarse, o momento de mudança definitivamente para Ian e seus pares, saíram da fabrica, largaram as amarras do Punk-Rock e provaram que era possível chegar aos top mundiais, sem perder o pé - pelo menos os restantes elementos do grupo pensaram assim, para Ian foi o principio do fim - , a pressão foi enorme, a doença, os problemas pessoais,o mediatismo.
Uma grande musica que percebe-se que o melhor dos dois mundos era impossível, era preciso fazer uma escolha, Ele fê-la, o suicidio, para nós ficou a memoria de um enorme vulto que por 3 anos fez historia e marcou para sempre a musica.
Uma musica simples, que do nada catapultou os Joy Division para enorme sucesso que ainda hoje apesar de não passar no mainstream, passa no alternativo e continua a cativar gentes de todas as idades.
Uma letra que fala de escolhas, caminhos diferentes, diferentes direções, estilos, compromissos falhados,
When routine bites hard And ambitions are low And resentment rides high But emotions won't grow And we're changing our ways Taking different roads
Then love, love will tear us apart, again Love, love will tear us apart, again
Why is the bedroom so cold? You've turned away on your side Is my timing that flawed? Our respect runs so dry Yet there's still this appeal That we've kept through our lives
But love, love will tear us apart, again Love, love will tear us apart, again
You cry out in your sleep All my failings exposed And there's taste in my mouth As desperation takes hold Just that something so good Just can't function no more
But love, love wil tear us apart, again Love, love will tear us apart, again Love, love will tear us apart, again Love, love will tear us apart, again
Ainda a digerir a morte de David Bowie,ao ouvir Blackstar e depois Athmosphere percebemos que uma e outra musicas são musicas de despedida, parece que os autores já estão noutro momento existencial, é muito estranho e ao mesmo tempo sereno ouvir uma e outra.
Os autores Bowie e Ian estão calmos, preparadissimos, apelam mesmo á nossa consciência para não lamentarmos a ausência, antes, comungarmos as nossas vidas em prol a uma menor expiação, mas simplesmente a vivermos.
É muito reconfortante ouvir uma e outra, faz-nos pensar que a nossa vida de facto é uma passagem e que no final existencial se tivermos tempo fazemos um balanço, parece-me que tanto Ian e Bowie cada um à sua maneira viveram um tempo , gostaram , não era deste mundo, sabiam do impacto eterno que provocaram nas pessoas, de facto é muito interessante percebermos isso.
Ian in Athmosphere
«Don´t walk away in silence»
ou
Bowie in Blackstar
Something happened on the day he died
Spirit rose a metre and stepped aside
Somebody else took his place, and bravely cried
(I'm a blackstar, I'm a blackstar
O medo da morte está lá , mas fizeram o que tinha de ser feito, enfrenta-la, despojados de tudo, muito humano estes sentimentos, de pessoas que ao seu estilo foram icones.
David Bowie encontra no lançamento do seu 25 º álbum de originais a forma de se despedir dos mortais, é um álbum que é um preludio de morte, a sua visão de como partir, o seu legado que fica, mas a forma assombrosa como encara a passagem para a eternidade.
Ian Curtis também á sua maneira prepara a sua morte, com os Joy Division prepara o album Closer, e depois parte, violentamente para o alem, de forma difícil, angustiada, ao som dos Iggy Pop, idiot, David Bowie percebe-se que é um album para consumo postumo.
Depois de bem mastigado é uma auto biografia dos últimos tempos de David Bowie, tempos difíceis, que fazem destas duas personalidades geniais.